sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Algumas coisas legais de Paris

Paris tem muitas coisas legais, é bem verdade. A cidade sabe te encantar facilmente, embora a gente de vez em quando não se dê bem. Mas foi possível listar 6 coisas realmente sensacionais de Paris e que fazem a gente chorar no cantinho de alegria.

1) Metrô

Ok, ele costuma feder. Nas galerias de entrada e saída, é possível sentir cheiro de urina sem precisar se esforçar. E cuidado ao pegar certas linhas (a linha 2, por exemplo, que vai até Montmartre, tá sempre lotadaça e o trem é modernoso, ou seja, só no ar condicionado): você vai sentir na pele - ou no nariz - o pior que o parisiense tem a lhe oferecer. Mas ainda assim, o metrô é muito amor, gente. A ideia básica da urbanização parisiense é que você pode viver sem carro. Não é difícil, não: as linhas de metrô cortam toda a cidade e com uma ou duas baldeações você pode chegar a qualquer parte de Paris. Nos arredores, o metrô conecta com os trens regionais e estaduais, permitindo ligar-se com o restante da cidade. As estações fecham por volta da 0:30h, mas dizem que ficam abertas até mais tarde no fim de semana (ainda não arriscamos).

Linha 12, estação Convention - é nóis!

2) Pão

Aqui valeria botar uma foto qualquer de uma das dez boulangerie da nossa esquina. Aliás, as boulangeries são umas padarias metidas à besta que fazem dezenas de pãos diferentes e sensacionais, além de uma pá de doces e uns sanduíches mais elaborados. Mas na falta de uma foto de uma boulangerie, vale olhar o nosso lanchinho da tarde de ontem: croissant au berre e brioche (aquele da Maria Antonieta). Deliciosos, claro! Os pães são tão bons que muitas vezes a gente janta somente uma baguete com uns frios e salada.

Pãozinhos delícia


3) Queijo

Uma ilha de queijos. Queijos azuis, brancos, verdes, amarelos, laranja, vermelhos, pretos...eu nunca soube que eles eram tão variados em cores. Passado quase um mês em Paris, a impressão que fica é que nada mais nos surpreende na cidade, exceto uma coisa: os queijos. No Monoprix, perto de casa, tem uma ilha de queijos...eles são dispostos em ordem conforme os tipos, preços, tamanhos. É um absurdo, chegamos a ficar tontos com tanta variedade - e cheiros. Temos apelado para queijos que conhecemos mais e, vez ou outra, arriscamos algum deles em promoção. Sucesso absoluto aqui em casa foi o Comté - fica a dica.

Parte da ilha de queijos do Monoprix
4) Parques, jardins e afins

Eu e a Juliane somos frequentadores do parque da Redenção, em Porto Alegre. Temos uma coisa que nos atrai em espaços amplos e arborizados. E ponto para os parisienses nesse quesito: os parques e jardins são umas coisas de louco, lindos, cheios de árvores e flores. Alguns deles, como o Jardim de Luxemburgo, são floridíssimos, mas não pode sentar na grama (na pelluge, como eles chamam). Outros parques, por sua vez, são mais como os nossos - tipo o parque Monceau, que fomos hoje, onde dava para sentar na pelluge bem de boa. No fim de semana, demos uma passada no parque do Citröen, que também é muito bonito (e também dá para sentar na pelluge). É bem verdade que se os nossos parques, em Porto Alegre, fossem bem cuidados como os dos franceses, a gente colocava essa gente no chinelo. Mas no caso, a competição fica parelha.

Uma panorâmica do parque Monceau
5) Vinhos

A Juliane ainda não deu o braço a torcer. A pessoa é apaixonada pelo malbec argentino e pelo carméniere chileno, fazer o quê. Mas eu admito que é uma loucura ver a parte de vinhos de qualquer mercadinho e ver bordeaux por 5 euros (15 reais). Sem saber lhufas de vinho - essa é a área da Juliane mesmo -, eu admito que o bordeaux parece muito mais frutado do que qualquer um dos vinhos argentinos e chilenos que a gente toma lá no Rio Grande do Sul. A variedade dos vinhos, assim como a dos queijos, faz com que a gente sinta que ainda tem muito a explorar nessa seara.

Foto meramente ilustrativa

6) Localização geográfica

Estamos no coração do mundo, mesmo. Ou pelo menos, no coração da Europa. Aqui tudo é perto - geograficamente falando. Semana que vem, vamos dar uma passada na Bélgica de ônibus (4h de viagem). Se quiséssemos ir para a Holanda, umas 8h. Os TGV (caríssimos, diga-se de passagem), conectam a França com todos seus vizinhos. Os vôos low cost têm 2, 3h de duração no máximo. Para conhecer o norte da África, também é fácil. Para nós, que vivemos na província de São Pedro, no sul de um país semi-continental, essas distâncias são fichinha. Esse tipo de proximidade com o restante do mundo é sensacional.

Barbada!

Teria outras coisas a dizer ainda (eu, por exemplo, preciso fazer um post sobre cerveja na França para todos os amigos e amigas cervejeiros do outro lado do Atlântico). Mas por ora, tá bacana.

3 comentários:

  1. Uma pequena lista de coisas que realmente me encantaram: Aux Folies; Jazz domingo no Lou Pascalou (http://www.cafe-loupascalou.com/); Buttes-Chaumont, baguette e vinho bourgogne; almoço no Chartier ou no Chez Gladines; ceva nos bares da rue Mouffetard; qualquer showzinho de graça no L'International...

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