segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Comida para quem precisa de comida?

Alimentação sempre é algo a se estranhar quando saímos de casa, e para isso basta atravessar o Mampituba para saber, no meu caso. E aqui estranhar não significa não gostar, mas apenas se deparar com comidas e misturas não comuns aos nossos olhos. Aqui no Velho Continente não poderia ser diferente: saladas elaboradas na França, batata frita no meio do pão na Bélgica, salsichas/lingüiças para todos os lados na Polônia e na Rep. Tcheca, e por aí vai.

Na Alemanha, esperávamos encontrar as deliciosas salsichas também, é claro, mas por aqui eles gostam de dar um "tempero especial" em tudo, e bem, o que esperar da culinária alemã? Ela não é exatamente conhecida pela sua qualidade, mas eu confesso que adoro uma cuca com linguiça, carne de porco, chucrute, torta de maçã. O Fernando dá risada sempre que eu falo que a-do-ro cuca com linguiça e não acredita que é bom, o que é claramente uma heresia! Saudades cuca com linguiça...

Como estamos  num bairro de migrantes, podemos passar batido pela culinária local (há restaurantes asiáticos, mexicanos e italianos perto), mas queríamos experimentar a famosa street food daqui, a currywurst, uma linguiça com... Curry! Esse é o toquinho especial alemão: temperos que harmonizam, só que ao contrário. O Fernando diz que eles sempre dão um jeitinho de estragar a comida.


Sanduíches, por exemplo, logo você aprende que vai ser brindado com uma surpresa: pode ser um rabanete, um pepino cru, ou algum outro legume que não combine com o sanduba. O bicho vai estar lá, transformando um reles sanduíche de pão, manteiga e queijo em algo não muito agradável.

Exemplo: Massa a carbonara é legal, né? É simples, é bacon, massa e ovos. Mas aqui não: comendo perto da universidade, num ponto bem berlinense, você pode ser brindado com algum tempero bem marcante, que você nem sabe o nome, mas que é impraticável. É como se tivesse cebola crua na massa!


A gente nem chegou perto da comida típica mesmo (leia-se, joelho de porco). Mas a máxima aqui parece ser simples: combinar o incombinável...e ver no que vai dar.

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