quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

15 momentos da retrospectiva europeia de 2014

Alguns dos melhores momentos que tivemos em 2014, bonitos e bonitas. A gente curtiu muito essa experiência e ela está ficando cada vez melhor - ainda que no final. Então fizemos uma mini seleção de good times para lembrar do 2014.

1) Visitar a "Casinha dos Smurfs", em Bruxelas: ficava no Museu dos Quadrinhos, lá na Bélgica. E a Ju adorou, ficou ali dentro um tempinho, pedindo fotos. É aquele momento onde a gente volta a ser criança. C'est mignon, como dizem os caras daqui.


2) O 11éme, aqui em Paris: é a nossa zona favorita ainda aqui na cidade luz. Barzinhos alternativos all the way, muito kebab rolando nas ruas. Desde a nossa primeira ida (o nosso primeiro boteco foi o Pili Pili) até as nossas últimas idas no frio, nosso bom programa era tomar uma pint por aqui.


3) Pizzas com Peroni, em Roma: adoramos Roma e os romanos. Mas a coisa mais legal foi ter tomada cerveja barata e comendo pizzas deliciosas. A nossa primeira pizza foi numa praça, a Santa Maria dei Trastevere, onde compramos uma birra e duas pizzas deliciosas, ficando numa fontana. Começou a chover, mas depois fomos para uma pizzaria.



4) Ter conhecido a Ricota e falado sobre Falcone, em Roma: e mais legal ainda em Roma foi todo o lance de espontaneidade. Num boteco baratinho da cidade, sentamos lá para tomar umas Peroni, a cerveja deles. Papo vai e papo vem, uma senhora entrou no bar com um cachorrão branco e pediu um gelatto. E o cachorro comeu tudo, claro, se lambuzando! Aí não resisti e fui puxar papo. Descobrimos que o cachorrão era uma cachorrona linda chamada Ricota. E para completar, o dono do bar ainda tinha cartazes do Falcone (o Falcão, ex-Inter) no bolicho dele. Rendeu conversas e risadas.



5) Ver os vitrais da Saint Chapelle: linda, linda, linda. A Saint Chapelle foi a nossa experiência religiosa mais surpreendente em toda Europa. Nem eu e nem a Ju somos pessoas religiosas, mas quando você vê os vitrais medievais da catedral de Luís IX, dá até saudade dos bons tempos da Idade Média (tá, nem tanto). Pena só que a rosa central da catedral, onde é reproduzido o Apocalipse - o livro mais legal da Bíblia - estava em restauração.



6) Visitar o túmulo do Jim Morrison, no Pére Lachaise: indo no cemitério mais famoso de Paris, a gente viu coisas muito legais e prestamos homenagens aos nossos mortos. Mas poucos túmulos foram tão emocionantes de ver quanto o do Jim Morrison, vocalista do The Doors. O túmulo infelizmente tá gradeado, já que tinha muita gente que fazia festinha no cemitério para um dos deuses do rock and roll. Mas a galera nem por isso deixou de fazer zueira e o local tá cheio de oferendas e homenagens para o homem.


7) Ver a capela Sistina, no Vaticano: ok, a gente realmente não curtiu o Vaticano. Muitas filas, muitas tourist traps...mas ver a Capela Sistina foi...uau! A experiência em si é maluca. A gente fica tudo empoleirado numa sala enorme e tem centenas de pessoas olhando para o teto. Se alguém tenta tirar uma foto, os guardinhas do museu vão correndo dar esporro - mas eu consegui tirar duas (fuck the police!!!). Mas foi lindão, gente. Antes disso, eu já tinha me comovido com o painel Escola de Atenas, do pintor Rafael Sanzio, que sempre foi um dos meus renascentistas favoritos e tá lá no Museu do Vaticano também.



8) Ter vivido para contar Auschwitz: não somos sobreviventes, claro, mas vivemos para contar. E acho que esse é o sentido de Auschwitz. Viver para contar. A necessidade de contar sempre vai ser grande. E se algum dia alguém perguntar, não vou dizer que não tem como contar, que não tem como falar, que tem que ver... tem que ver, sim. Mas é algo a se contar sempre.



9) Tocar no Muro de Berlim: tocar no muro é uma experiência louca. Eu e a Ju somos filhos dos anos 80 e temos alguma memória do muro caindo e coisa e tal. Sendo assim, tocar nele foi como retomar memórias infantis e adultas ao mesmo tempo. Dá para dizer que ele nem é tão legal, que muro tem em tudo quanto é lugar, que tem pedaços dele em qualquer lojinha de souvenirs em Berlim. Mas é uma memória - e é bom tocar uma memória, gente!



10) Rever o mar, em Barcelona: não era o Oceano, claro, mas era o Mediterrâneo - valeu, Braudel! E ver praia, ver mar, ver céu, ver palmeiras...é tipo a Bahia, mas falando catalão! E as praias de Barcelona, mesmo no inverno, eram lindas.


11) Ter feito o nosso vídeo pós-eleições: a gente nunca fez um vídeo, mas o contexto pós-eleições fez com que a gente tivesse necessidade de fazer um tentando comentar algumas coisas que nos assustaram muito. E saiu legal até, teve umas 500 visualizações, enfim. Foi massa!



12) Ter ido numa manif em defesa dos curdos e da luta deles em Kobane: foi lindo! Foi um dos momentos que eu achei mais emocionantes em toda a viagem. Toda solidariedade aos curdos e a sua luta - que não é só pela criação e reconhecimento do Estado Nacional, mas também por um projeto político de de libertação popular e feminina. Da praça da Bastilha à praça da República,


13) Ver o (e tocar no) Código de Hamurábi: desculpa, gente, mas eu quase lambi a estela milenar. Eu me controlei, mas fiquei ainda fascinado por aquilo. Numa pedrinha tão singela, o primeiro código de leis escritas da humanidade. E tava ali, diante de mim, na nossa primeira visita ao Louvre! Foi sensacional!



14) Noite em Berlim: nossa última noite em Berlim foi massa. O hostel onde estávamos estava mais ou menos vazio, era dia 22/12. E acabamos conversando com portugueses, belgas, italianos e também brasileiros, tomando boas cevas, ouvindo Raul Seixas (juro!). Foi uma boa noite!



15) Tudo isso e mais um pouco: teria tantas outras coisas para lembrar do que fizemos nesse ano. A gente foi só escrevendo, sem fazer ranking nem nada. Foram muitas experiências diferentes e que de uma forma ou de outra, queríamos muito dividir com vocês. De 2015 o que esperamos é isso: é que tenhamos cada vez mais coisas dividir com quem gosta da gente e de quem gostamos.

Bonne année, galera! :)

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