segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Só no Brasil

A famigerada frase "só no Brasil" é tão comum entre brasileiros que já virou página no Facebook. Mas por que algumas coisas acontecem "só no Brasil"? Bem, primeiro que essas coisas não acontecem "só no Brasil", elas acontecem em qualquer lugar do mundo (só dar uma olhadinha nas postagens da página), ou seja, isso não é um problema de "índole", como se só o brasileiro fosse capaz de certas "baixezas". Segundo, a frase é dita, salvo engano, por certos grupos sociais que pensam que bom mesmo é qualquer outra país de "primeiro mundo", como EUA ou qualquer outro lugar na Europa. Nelson Rodrigues, profético, falando de futebol (na derrota da seleção brasileira para o Uruguai em 1950) já se deu conta disso e deu um nome: vira-latismo, a inferioridade em que se colocam os brasileiros mesmo face à sua superioridade.

Bom, vou dizer para vocês que quando a gente chegou aqui, início do mês, o presidente francês François Hollande estava envolvido em alguns escândalos. Primeiro, sua ex-mulher, traída (o presidente mantinha uma amante por cerca de um ano, e isso chegou até a opinião pública) publicou um livro para falar da sua relação com ele mas também para mostrar quem de fato é o Hollande: um homem que, segundo ela, não gosta de  pobres e os chama de "desdentados". O livro é considerado por aqui como um livro-vingança. Achei típico de "novela mexicana", gente. Sem a zueira do presidente Itamar e a Liliam Ramos sem calcinha (carnaval de 1994), por exemplo. 

Segundo,  o recém empossado ministro Thomas Thévenoud foi descoberto em um caso de calote fiscal: ele não declarava seus impostos há alguns anos.

Não bastasse tudo isso, eles ainda consomem a Avenida Brasil pela manhã: definitivamente, não é só no Brasil.


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