segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Eleições - parte I

Gente, eu ia fazer um texto sobre Levy Fidelix e sua performance no debate de ontem. Mas não vou mais, não. Como diz o ditado popular gauchesco, não vale a pena gastar chumbo em chimango. E de mais a mais, dar ibope para esse sujeito é ignorar que o lugar dele é a lata de lixo da história mesmo. A quem caiu no conto do bigodudo do aerotrem, o Porta dos Fundos me representa melhor (clique aqui).

Mas não tem como não falar de eleições, no final das contas. Estamos cada vez mais ansiosos para o processo eleitoral, sendo que dessa vez não vamos participar, ficando apenas com o papel de espectadores nessa peleja. E eleições, assim como futebol, tem um quê de misticismo quando a gente tá ali, ao vivo, acompanhando as movimentações. Quando a gente vai no estádio, a gente se sente um fator determinante no andamento do resultado. Acompanhando as eleições in loco, dá a mesma sensação. Mas o bizarro é que nem eu e nem a Juliane sentimos isso; só agora, que a gente tá a léguas de distância, é que a gente sente o peso dessa eleição. Mas muito mais na condição de espectador mesmo.

Aqui em Paris eu cheguei a conclusão que seria possível pensar em dois tipos de votos: os que eu realmente faria se estivesse no Brasil de um lado e os votos-de-espectador de outro. É mais ou menos com aquela coisa de torcedor, que tem o time do coração de um lado e os times que ele simpatiza de outro. Teria ainda uma terceira modalidade que é o anti-voto, onde qualquer voto contra um determinado candidato seria quase uma vitória - que no final das contas, é a mesma coisa que ficar "secando" um rival. Eu, por exemplo, seco descaradamente Lasier "essas-mais-de-mesa" Martins (PDT) nas eleições para o Senado rio-grandense. O mesmo não faço com figuras políticas asquerosas como o Pastor Everaldo (PSC), porque ninguém perde tempo secando time pequeno.


Porém, acompanhar essas eleições tem sido difícil, já que estamos perdendo muitos dos debates, exceto os trechos que os amigos selecionam para colocar no Facebook. Estamos ficando cada vez mais por fora da corrida eleitoral, mesmo com os amigos nos dando informes virtuais sobre o que anda rolando. Ao mesmo tempo, estou bastante desconectado do Grêmio - parece que vencemos ontem (2 a 0 em cima do Botafogo) e estamos nos aproximando do G4, mas desde a história do goleiro Aranha estou cada vez mais afastado do tricolor.

Nesses últimos dias temos olhado os jornais parisienses para ver se falam algo sobre o pleito eleitoral no Brasil. Aqui, o assunto Marina Silva (PSB) ainda dá pano para manga (e acho que a Juliane vai poder falar disso melhor do que eu). Em terra brasilis, parece que a candidata a presidência vem perdendo fôlego cada vez maior nas pesquisas e pouco a pouco ela vai sendo associada com o que tem de pior na política brasileira. Já do outro lado do Atlântico, a gente vê o Levy Fidelix latindo...e, nesse caso, a gente pode parafrasear a Valesca Popozuda: late mais alto que daqui eu não escuto. Ainda bem. Pelo menos nesse caso.


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