sábado, 8 de novembro de 2014

A zueira italiana

Que a Itália teria a sua zueira própria a gente já esperava, mas qual zueira seria essa era a nossa grande curiosidade. Em função disso, fizemos uma pequena lista de coisas zueiras/curiosas que encontramos em Roma, e nos fizeram rir por alguns minutos (ou mais)

1. Sinal de pedestre amarelo
Como a sinaleira para carros no Brasil, a de pedestre aqui também tem sua fase laranja/amarela. Ou seja, atenção... pedestre. Com o caótico trânsito italiano, é preciso ficar ligadaço (cada vez que atravessávamos a rua, o Fernando achava que ia morrer). Muitas avenidas sequer tinham sinaleira, então atravessar a rua era um jogo de confiança com os motoristas. Geralmente atravessávamos junto com os nativos, para ter mais segurança... 

2. Ônibus
O transporte público italiano tem como mérito ser público mesmo. É tão público que ninguém paga nada. Explico: o sistema funciona na base da autonomia, ou seja, você compra o bilhete antes de entrar no ônibus e lá dentro valida ele em uma maquininha amarela. Porém, observando os nativos e os turistas, chegamos à conclusão de que 1 em cada 20 passageiros valida seu cartão. Confiança é tudo mesmo!



3. Calçadas (ou a falta delas)
Nas charmosas ruazinhas de Roma é bom tomar cuidado. As vias mais antigas não tem calçada, somente um espacinho para os pedestres passarem. O problema é que tem moto, carro, ambulância e todo mundo estacionado ali. Você nunca sabe direito se você invadiu o espaço do carro ou se foi o carro que invadiu seu espaço. Isso quando os motoqueiros não tentavam fugir do trânsito por esse espacinho de nada!

Quem está invadindo o espaço de quem?

4. Ice Club
Quando recebemos o mapa da cidade, um dos lugares que aparecia era o Ice Club. Fomos procurar na internet para ver o que era ( o nome era curioso) e... surpresa! O nome é autor explicativo: é realmente um clube de gelo, onde antes de entrar você recebe luvas e um casaco para aguentar o frio de -5 graus. As bebidas são todas à base de vodka e o grande desafio é conseguir ficar sentado por muito tempo, pois os bancos também são de gelo. Estamos em dúvida se isso é zueira ou estupidez.



5. Todos os garçons são lindos
Beleza não é propriamente zueira, mas quando ela é exposta acintosamente parece provocação. Já havíamos sido avisados desse detalhe em Roma, mas constatar que todos os garçons mais parecem modelos (e agora que barba está na moda, então...) fazendo  bico para descolar uns trocados. As mulheres não chegam a tão alto nível na média, mas foi aqui que eu vi, ao vivo, uma mulher que parecia alguma coisa entre Sophia Loren e Brigitte Bardot. Roma é linda e os romanos são lindos!

Foto meramente ilustrativa.

Sophia

Brigitte
6. Placas de direção
Elas foram feitas para nos ajudar, mas aqui elas foram feitas para zuar com a nossa cara. No próprio museu do Vaticano vimos um exemplar: havia uma bifurcação e que de um lado continuava a visita... e do outro também! De um lado tinha a capela Sistina... e do outro também! Se perder em Roma é parte do passeio.

7. Água
Por todos os lados, jorrando de fontes, bicas, cascatas artificiais, o dia inteiro sem ter um botaozinho de desligar. A água corre 24 horas. O planeta a beira de uma hecatombe climática, São Paulo tendo que consumir água com côco e Roma aí, gastando recurso hídrico. É bonito, mas dá um dó, gente.


8. Comida
A gente já falou antes mas é preciso reforçar: os italianos são muito tranquilos com comida. Primeiro, que a típica refeição italiana envolve entrada, primeiro prato ( massa ou risoto), segundo prato (carne) e sobremesa - um banquete. Segundo, que eles não parecem competir sobre a gostosura da comida. Eles são bons no queijo, no vinho, no pão, na massa... mas não ficam contando vantagem. Por que eles não contam vantagem?!?!?!

Roma é assim, tem sua zueira própria. Dizem eles que são assim desde os tempos de Rômulo e Remo e deve se respeitar uma zueira milenar.

PS: Temos uma errata a fazer no post sobre a Ryanair: achamos que todo mundo que viajava pela companhia aplaudia no final da viagem. A verdade é que hoje, ao voltarmos para Paris, ninguém aplaudiu. Resultado? Mais uma zueirinha tipicamente italiana: aplaudir a aterrissagem do avião.

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