Paris tem muitas coisas legais, é bem verdade. A cidade sabe te encantar facilmente, embora a gente de vez em quando não se dê bem. Mas foi possível listar 6 coisas realmente sensacionais de Paris e que fazem a gente chorar no cantinho de alegria.
1) Metrô
Ok, ele costuma feder. Nas galerias de entrada e saída, é possível sentir cheiro de urina sem precisar se esforçar. E cuidado ao pegar certas linhas (a linha 2, por exemplo, que vai até Montmartre, tá sempre lotadaça e o trem é modernoso, ou seja, só no ar condicionado): você vai sentir na pele - ou no nariz - o pior que o parisiense tem a lhe oferecer. Mas ainda assim, o metrô é muito amor, gente. A ideia básica da urbanização parisiense é que você pode viver sem carro. Não é difícil, não: as linhas de metrô cortam toda a cidade e com uma ou duas baldeações você pode chegar a qualquer parte de Paris. Nos arredores, o metrô conecta com os trens regionais e estaduais, permitindo ligar-se com o restante da cidade. As estações fecham por volta da 0:30h, mas dizem que ficam abertas até mais tarde no fim de semana (ainda não arriscamos).
Linha 12, estação Convention - é nóis! |
2) Pão
Aqui valeria botar uma foto qualquer de uma das dez boulangerie da nossa esquina. Aliás, as boulangeries são umas padarias metidas à besta que fazem dezenas de pãos diferentes e sensacionais, além de uma pá de doces e uns sanduíches mais elaborados. Mas na falta de uma foto de uma boulangerie, vale olhar o nosso lanchinho da tarde de ontem: croissant au berre e brioche (aquele da Maria Antonieta). Deliciosos, claro! Os pães são tão bons que muitas vezes a gente janta somente uma baguete com uns frios e salada.
Pãozinhos delícia |
3) Queijo
Uma ilha de queijos. Queijos azuis, brancos, verdes, amarelos, laranja, vermelhos, pretos...eu nunca soube que eles eram tão variados em cores. Passado quase um mês em Paris, a impressão que fica é que nada mais nos surpreende na cidade, exceto uma coisa: os queijos. No Monoprix, perto de casa, tem uma ilha de queijos...eles são dispostos em ordem conforme os tipos, preços, tamanhos. É um absurdo, chegamos a ficar tontos com tanta variedade - e cheiros. Temos apelado para queijos que conhecemos mais e, vez ou outra, arriscamos algum deles em promoção. Sucesso absoluto aqui em casa foi o Comté - fica a dica.
Parte da ilha de queijos do Monoprix |
Eu e a Juliane somos frequentadores do parque da Redenção, em Porto Alegre. Temos uma coisa que nos atrai em espaços amplos e arborizados. E ponto para os parisienses nesse quesito: os parques e jardins são umas coisas de louco, lindos, cheios de árvores e flores. Alguns deles, como o Jardim de Luxemburgo, são floridíssimos, mas não pode sentar na grama (na pelluge, como eles chamam). Outros parques, por sua vez, são mais como os nossos - tipo o parque Monceau, que fomos hoje, onde dava para sentar na pelluge bem de boa. No fim de semana, demos uma passada no parque do Citröen, que também é muito bonito (e também dá para sentar na pelluge). É bem verdade que se os nossos parques, em Porto Alegre, fossem bem cuidados como os dos franceses, a gente colocava essa gente no chinelo. Mas no caso, a competição fica parelha.
Uma panorâmica do parque Monceau |
A Juliane ainda não deu o braço a torcer. A pessoa é apaixonada pelo malbec argentino e pelo carméniere chileno, fazer o quê. Mas eu admito que é uma loucura ver a parte de vinhos de qualquer mercadinho e ver bordeaux por 5 euros (15 reais). Sem saber lhufas de vinho - essa é a área da Juliane mesmo -, eu admito que o bordeaux parece muito mais frutado do que qualquer um dos vinhos argentinos e chilenos que a gente toma lá no Rio Grande do Sul. A variedade dos vinhos, assim como a dos queijos, faz com que a gente sinta que ainda tem muito a explorar nessa seara.
Foto meramente ilustrativa |
6) Localização geográfica
Estamos no coração do mundo, mesmo. Ou pelo menos, no coração da Europa. Aqui tudo é perto - geograficamente falando. Semana que vem, vamos dar uma passada na Bélgica de ônibus (4h de viagem). Se quiséssemos ir para a Holanda, umas 8h. Os TGV (caríssimos, diga-se de passagem), conectam a França com todos seus vizinhos. Os vôos low cost têm 2, 3h de duração no máximo. Para conhecer o norte da África, também é fácil. Para nós, que vivemos na província de São Pedro, no sul de um país semi-continental, essas distâncias são fichinha. Esse tipo de proximidade com o restante do mundo é sensacional.
Barbada! |
Teria outras coisas a dizer ainda (eu, por exemplo, preciso fazer um post sobre cerveja na França para todos os amigos e amigas cervejeiros do outro lado do Atlântico). Mas por ora, tá bacana.
Uma pequena lista de coisas que realmente me encantaram: Aux Folies; Jazz domingo no Lou Pascalou (http://www.cafe-loupascalou.com/); Buttes-Chaumont, baguette e vinho bourgogne; almoço no Chartier ou no Chez Gladines; ceva nos bares da rue Mouffetard; qualquer showzinho de graça no L'International...
ResponderExcluirAux Folies é demais! Merece até um post sobre ele!
Excluirbah! vamos conferir esses aí ;)
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